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Foto do escritorJovens Pelo Clima Brasília

Por um Brasil democrático e sustentável. Por que apoiamos a candidatura do Lula no 2º turno?

Em meio a conjuntura atual, após os acúmulos do 1º turno, a juventude ambientalista se vê na necessidade de se levantar pela democracia e, portanto, pela eleição de Lula. Isto porque, os últimos quatro anos de governo Bolsonaro mostram a ascensão de um projeto autoritário, genocida, antidemocrático e profundamente anti meio ambiente. Derrotar o Bolsonarismo e a extrema-direita, se mostra não só necessário, mas urgente!

Nove ex-ministros de Bolsonaro foram eleitos pelo 1º turno e ocuparão cargos no congresso. Dentre eles, o ex-ministro do meio ambiente, Ricardo Salles, responsável pelo menor orçamento para o meio ambiente do século, além de “passar a boiada” em 2020. A eleição desses ex-ministros evidencia a ascensão da ultra direita e a sua tendência golpista e, assim, fica nítido a necessidade de organizar a classe trabalhadora para o enfrentamento do fascismo nas ruas! Não é possível se calar e não se posicionar diante a tanto regresso e, hoje, eleger Lula se faz uma resposta democrática e fundamental para a reconstrução da política ambiental brasileira.

Numa das eleições mais importantes da história, mais de 30 mil pessoas não foram votar. Com dados alarmantes, o nível de abstenção de votos foi o maior desde 1988. Ainda, historicamente, é a população de mais baixa renda a que mais deixa de comparecer às urnas, o que revela uma falta de confiança por parte da classe trabalhadora nas instituições burguesas, isto é, uma abstenção por não se sentirem representados pelo sistema eleitoral. Com isso, é nossa tarefa para o 2º turno buscar por meio da política aqueles que se abstiveram para, a partir de agora, se unirem em prol da democracia e se reconhecerem nas nossas lutas. Além disso, também é notório que muitos dos que mais sofrem com a falta de políticas de um Estado presente são os mesmos que estão deixando de fazer a escolha por uma candidatura que não defende os seus direitos. É necessário que a classe trabalhadora se reconheça e reconheça quem são os verdadeiros inimigos do povo. E que isso seja feito de forma organizada em defesa de nossas bandeiras.

O regime de Bolsonaro se dedica, desde o dia de sua posse, a desmontar políticas contra o desmatamento; a sucatear órgãos de proteção dos nossos ecossistemas como a Funai, Ibama e o ICMBio; a incentivar atividades que degradam nossos biomas, etc., sendo a pior gestão ambiental da história do nosso país. Seus desmontes servem para fortalecer o agronegócio e passar por cima de quem realmente produz comida. Herança do colonialismo, o agronegócio é baseado no latifúndio, em que grandes proprietários, agora unidos com o capital financeiro internacional, destroem as nossas florestas, matam povos originários e sufocam a agricultura familiar para que possam expandir as suas lavouras de exportação. No final resta só o lucro dos burgueses e a fome do povo.

Cada vez mais tem se tornado urgente debater sobre a crise climática e o genocídio contra os povos da floresta, afinal, o projeto político do governo Bolsonaro de destruição colocam um alerta vermelho para o Brasil e o mundo.

Diariamente mais pessoas se tornam vítimas das consequências catastróficas do projeto burguês de ecocídio. Em 2022 o país voltou ao mapa da fome e os níveis de desmatamento nunca foram tão altos, as principais consequências do colapso ambiental são sentidas majoritariamente no campo e nas periferias, justamente por aqueles que menos contribuem com a crise. Fica explícito que o problema é sistêmico, e por isso é necessário enfrentar a raiz dos problemas, e entender que a luta climática também é luta de classes! A juventude não irá perdoar os traidores da história! Além de se organizar para eleger Lula, também exigimos que Bolsonaro vá do planalto direto para a prisão! Nesse sentido, cabe lembrar que Lula se aliou com Alckmin e com inimigos do povo brasileiro em sua campanha e nos seus antigos mandatos, portanto nossa mobilização vai ter que continuar mesmo no caso de sua eleição, com um teor crítico, para mostrar a força da juventude e puxar o seu possível futuro governo para a esquerda, lutando pelas pautas da classe trabalhadora e da juventude.

O Brasil pede socorro, e, em tempos de fragilidade da nossa democracia, a resposta para o 2º turno é óbvia, não podemos recuar. É necessário fazer Lula eleito em defesa dos nossos direitos, vidas e florestas. Nesse momento não basta apenas sermos fora Bolsonaro, mas sim colocarmos as caras nas ruas e nos organizarmos para construirmos uma rede antifascista. Jovens ambientalistas, uni-vos!


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